
O medo não existe. Ele é apenas uma criação da mente humana que, para se manter no controle, faz a pessoa acreditar que ela é aquele mau pensamento. Assim surge o Ego, que passa a dominar a psique com o que é irreal.
Na psicanálise esse movimento é chamado de “mente animalesca”. O medo é um mecanismo de sobrevivência da mente humana, uma herança primitiva, reptiliana.
A mente nada mais é do que uma ferramenta para que Deus, através da nossa Consciência, possa experienciar a maravilhosa vivência em nosso planeta, que está sempre nos levando a um nível acima na evolução espiritual. Tudo, absolutamente tudo, é para o nosso bem maior.
Mas quando não estamos conscientes dos nossos pensamentos e emoções, a mente tende a funcionar de acordo com seus instintos mais primitivos, em seu modo “animalesco”. Esses instintos, tal como em um animal selvagem, agirá de duas formas, conforme as crenças que foram instaladas no subconsciente de cada indivíduo desde o ventre da sua mãe: fugir ou lutar.
Para manter o indivíduo “vivo” (do ponto de vista instintivo e animal), a mente que não está treinada encontra no medo uma forma de se auto-preservar. E assim começa a criar estórias assombrosas sobre um futuro que não se concretizará, com o único intuito de fazer a pessoa permanecer parada, sem agir, mantendo-se na famosa “zona de conforto”, em um lugar aonde apenas a mente acredita ser mais seguro.
Como a Lei da Atração é implacável, após um pensamento negativo outro pensamento negativo é atraído. Numa sucessão de sentimentos negativos, outras formas-pensamento ligadas ao Ego se desenrolam na cabeça, tais como raiva, culpa, mágoa, julgamento, vergonha, vitimismo, auto-crítica, disputa, ciúmes, angústia, falta de amor próprio, egoísmo, perfeccionismo, vingança, injustiça, não-merecimento, não-aceitação, etc. Então a pessoa se identifica com esses pensamentos, acreditando que é eles (se esquecendo que é um ser espiritual). Essa é uma das grandes armadilhas do Ego. É ele quem cria o medo e todas as emoções negativas que sentimos.
Ao sentir tudo isso, o corpo é tomado por sucessivas descargas de adrenalina e estresse, sem descanso. Não há espaço para a homeostase, para que o físico pause e se regenere. O corpo vai se viciando nessas toxinas. Nesse estado, as frequências vibracionais são muito baixas. Dessa forma ocorre o desequilíbrio, o bloqueio dos centros de recepção e emissão de energia (chackras) e o adoecimento do corpo – físico, mental, emocional e espiritual. Assim nasce a depressão e outros tantos problemas de saúde. Sem perceber, o ser humano se desconecta da sua verdadeira essência, do Eu Sou. A isso sobrevém a idéia de separação, de dualidade. Esquece-se de que todos somos um, de que só existe o Bem, o Uno, o Todo.
Mas a culpa disso não é de ninguém. Apenas não fomos educados e orientados desde a infância a ter esse tipo de percepção, principalmente no ocidente. O mesmo aconteceu com as nossas gerações passadas. A saída disso é buscar o auto-conhecimento, a expansão da nossa Consciência, para que estejamos cada vez mais atentos ao que a nossa mente está produzindo. Não devemos nos identificar com nenhum desses pensamentos ruins, apenas observá-los e transmutá-los. “Pegar no flagra” é a melhor maneira de treinar a nossa mente, assim como fazemos no treinamento de cães, para que ela funcione sempre a nosso favor.
O equilíbrio se dá justamente quando estamos despertos para a chave que nos foi dada desde a nossa Criação: o controle da nossa mente, o poder de domar a serpente.
Temos que entender que os pensamentos negativos que aparecem em nossa mente não são nossos. É preciso buscar a causa de cada um deles (que pode ser até de outra pessoa que você convive ou conviveu em algum momento da sua vida), e em seguida substituí-lo por outro de maior frequência, usando assim a Lei da Atração a nosso favor. Não existe sequer um pensamento negativo que não possa ser substituído por outro positivo. Tudo se transforma, tudo se transmuta, tudo se eleva. Todos nós somos Deus, e Ele jamais teria pensamentos e sentimentos ruins a nosso respeito. Jesus nos ensinou: “Orai e vigiai”. E é exatamente isso – vigiar os nossos pensamentos – o que devemos fazer.
Cada pensamento, seja bom ou ruim, é uma forma de energia. O Universo é mental e assim como qualquer outra coisa na vida, tudo o que focamos, expande. Então, dirija a sua energia para o que for para o seu bem. Não a desperdice com o que não te faz sentir alegria, entusiasmo, amor.
Não se preocupe com o futuro, pois ele ainda não existe. Assim como o passado já não existe mais. O único tempo que verdadeiramente existe é o agora, neste exato momento em que você está lendo este texto. Nem cinco minutos atrás, nem daqui meia hora. É apenas o agora. E é justamente neste lugar que a mente destreinada não quer estar, pois é onde ela não controla. Nós temos poder no agora, a mente não. Uma mente primitiva age no impulso, pois está sempre tentando proteger a pessoa de um possível “perigo”, remoendo as memórias negativas do que viveu anteriormente (ou que alguém lhe contou sobre – aqueles medos que outras pessoas tentam nos impor). O homem das cavernas vivia para lutar (pelo seu alimento, para proteger o seu território de algum animal selvagem ou de invasores que tentavam tomar o seu abrigo). Em alguns casos, era necessário fugir – essa era a hora de correr para se proteger. Os indivíduos possuíam esses dois instintos mais ou menos aflorados – de acordo com as crenças e experiências que haviam vivido durante as suas vidas.
Quando a mente começa a criar estórias negativas em relação a alguma situação, é como se ela dissesse: “Olha, da outra vez deu errado, lembra? Você vai querer se dar mal de novo? Acho melhor ficar quietinho aí, hein?”. E assim, após esse pensamento negativo, vem o sentimento: medo. E esse medo paralisa, estagna, faz justamente o que a mente animalesca quer fazer, e não o que a Alma quer. A mente primitiva quer se manter no que ela já conhece, no que ela está acostumada a fazer. Sair do padrão, do lugar comum, é um ato muito “arriscado” para a mente. O Ego quer nos fazer acreditar que é possível controlar a vida. Mas isso é impossível. Então, para trazer mais do mesmo, a mente cria a ansiedade (que nada mais é do que a crença de que o que deu errado no passado vai acontecer de novo) e em um grau mais elevado, surgem as crises de pânico. E assim o ser humano sai do agora.
De novo, quando expandimos a Consciência, passamos a entender que tanto o corpo quanto a mente são ferramentas para que nós, como seres espirituais, possamos experienciar a vida aqui na Terra. Com isso, passamos a nos observar e a transcender cada vez mais o Ego, pois começamos a ver com clareza quando o pensamento vem da nossa Alma (de Deus) ou da mente primitiva. Assim conseguimos controlar nossos pensamentos, emoções e atitudes.
Uma pessoa consciente trabalha para se fixar ao máximo no agora (e no início a mente vai brigar contra isso, pois ela não quer gastar energia). Para uma mente que passou tantos anos com as “rédeas soltas”, viver no agora é viver o desconhecido. Quando uma mente que está no processo de treinamento se depara com essa nova situação, ela começa a criar meios para que o indivíduo não haja no presente. Para se manter segura a mente passa a boicotar o seu “dono”.
Mas treinar essa mente primitiva para se manter no agora é o que nos torna poderosos. É quando as inspirações surgem e conseguimos fazer dela uma excelente aliada. Devemos viver em congruência com a nossa Alma, com nosso Eu Superior. Viver no momento presente é o maior instrumento do mover de Deus. Quando se treina a mente para focar no agora, não estamos presos ao passado, remoendo as dores, tampouco nos preocupando com situações futuras que não acontecerão. É preciso aceitar que somos Deus. É preciso aceitar essa condição, esse poder. E Deus não tem preocupações. Deus é inspiração! Deus é a vida em ação, no aqui e agora!
Esteja no AGORA. Como qualquer novo aprendizado, viver no agora requer prática. Então, pratique. Deixe os pensamentos de lado durante alguns minutos. Olhe o desdobrar da vida com alegria, com gratidão. Espere sempre o melhor, escolha experimentar uma atitude positiva diante da vida, enxergando a beleza de Deus em tudo e em todos.
O primeiro passo é silenciar a mente. É preciso baixar as ondas cerebrais, fazendo exercícios de respiração. É imprescindível meditar. Ouça e busque entender as crenças que estão arraigadas em seu subconsciente (que muitas vezes nem são suas, podendo ser até de vidas passadas). Limpe e transmute as suas memórias negativas, reprograme a sua mente com palavras positivas, seja grato pela vida que você tem, visualize seus desejos com a certeza de que eles já se realizaram (com o cuidado para discernir se eles não estão sendo criados pelo Ego). Viva como se você já fosse a pessoa que você gostaria de ser – a sua melhor versão – e eleve a sua vibração. Tudo o que nos é colocado é para a nossa evolução, por isso, se tem alguma situação que está se repetindo na sua vida é porque há algo para curar. Agradeça pela oportunidade de olhar para aquela sombra e pergunte ao seu Eu Superior, para Deus, o que precisa ser transmutado. Se abra para o novo, para uma nova percepção. Perdoe sempre – a si mesmo e aos outros – convicto de que todos nós estamos em uma linda jornada de expansão, cada um em um diferente nível de Consciência, numa transformação diária. Cada pensamento é um tipo de energia. E nós temos o poder de escolher qual energia queremos usar. Por isso, sintonize na frequência do amor!
Quando sentir um desconforto por estar vivendo no agora, respire fundo, tome consciência da emoção que está sentindo, tente identificar qual a crença ou memória negativa que esteja te levando àquela situação, compreendendo que trata-se apenas de uma mente assustada. Ressignifique, purifique e deixe ir. Em seguida, retorne ao seu estado de atenção plena. Seja gentil com você mesmo, não “brigue” com a sua mente quando esses pensamentos ruins aparecerem. Tenha compaixão por você. Se ame profundamente, tenha orgulho de quem você é. O nosso subconsciente é a nossa criança interior e só está tentando falar sobre os medos que um dia ela sentiu e não foram curados. Entender quem você realmente é – uma Consciência neutra, de pura luz – ajuda a não se identificar com as coisas negativas que passam pela mente.
Um exercício que tem me ajudado bastante é sempre me perguntar:
– Este pensamento é fundamentado no medo ou no amor? Esta emoção está apoiada no medo ou no amor?
O amor traz liberdade. O medo aprisiona. O amor expande. O medo contrai.
Assim vamos nos livrando das crenças limitantes e autossabotadoras, que muitas vezes não sabemos como nem quando elas se instalaram em nós. Então, aquela nuvem pesada que pairava no ar vai se dissipando e nos tornamos mais confiantes, usando cada vez mais o poder da mente para o nosso próprio bem. Aos poucos, novas sinapses são feitas e a mente se torna um verdadeiro e milagroso centro de ações divinas! Seu subconsciente será inundado com novos paradigmas e você terá a absoluta certeza de que o agora é o melhor momento para se estar e que a vida é boa o tempo todo!
Essa é a verdadeira evolução, de dentro para fora. Norteados pelo amor incondicional, as feridas vão se curando e as dores, tanto físicas quanto emocionais, deixam de existir. Nasce um novo Eu. Melhor e maior. De puro amor, luz e gratidão! ♥️✨🙏🏽
De todo o meu coração,
Natália.